Quando é necessário fazer a remoção das amígdalas?
As principais são os quadros de amigdalite de repetição, hipertrofia das amígdalas com apneia obstrutiva e amigdalite crônica caseosa.A indicação da remoção das amígdalas deve vir de um otorrinolaringologista, médico esse especializado em ouvido, nariz e garganta, e capacitado para a realização da amigdalectomia, cirurgia para retirar as amígdalas.
Para ter mais compreensão sobre as condições que podem acometer a região e resultar na extração das amígdalas, os otorrinolaringologistas da Clínica Garrafa vão sanar as principais dúvidas acerca do tema.
O que são amígdalas e qual sua função? As amígdalas são compostas por tecido linfoide na região da garganta que tem como função, principalmente na infância, de proteger a região de vírus e bactérias quando em contato com as vias respiratórias do paciente.
Conhecidas tecnicamente como tonsilas palatinas, as amígdalas são capazes de produzir todos os tipos de anticorpos, além de outras células de defesa. É por esse motivo que as amígdalas são consideradas órgãos imunológicos.
Quando a remoção das amígdalas é indicada? Tal função protetora imunológica faz com que as amígdalas desencadeiem processos inflamatórios e infecciosos denominados de amigdalite. Isso resulta em dor ao engolir saliva, líquidos e alimentos, podendo ou não ter febre e secreção purulenta nas amígdalas.
Os quadros de amigdalites podem ser virais ou bacterianos. Quando virais são considerados autolimitados, ou seja, apresentam um curso bem determinado, com resolução espontânea após aproximadamente 7 dias.
Porém, quando a amigdalite tem causa bacteriana, o tratamento medicamentoso com antibiótico apropriado é essencial para sua resolução, devendo sempre ser pautado por um otorrinolaringologista.
Em casos mais graves, como a amigdalite bacteriana de repetição, pode vir a ser necessário a remoção das amígdalas.
Para retiradas das amígdalas, o paciente deve ser diagnosticado com amigdalites de repetição, ou seja, a criança ou o adulto apresenta infecções bacterianas recorrentes nas amígdalas, sendo necessário o uso de múltiplos antibióticos ao longo do ano.
A indicação da remoção das amígdalas, nestes casos, segue o seguinte protocolo:
1. O paciente foi diagnosticado com o quadro de amigdalite bacteriana por sete vezes no período de 12 meses;
2. O diagnóstico de amigdalite bacteriana ocorreu cinco vezes por ano, em um período de 24 meses consecutivos; ou
3. Por três vezes ao ano, no período de três anos consecutivos.
Além das inflamações, as amígdalas podem apresentar crescimento anormal, denominado de hipertrofia, sendo que esse aumento pode resultar em dificuldade em respirar, falar e engolir alimentos e no desenvolvimento da apneia do sono — quando o paciente para de respirar por alguns segundos durante o sono —, sendo a extração das amígdalas o tratamento mais adequado para a melhora do quadro.
Para isso, o paciente deve consultar-se com um especialista e após constatada a necessidade da retirada das amígdalas, o adulto ou a criança será submetido a exames para avaliar a possibilidade de realizar a cirurgia. O procedimento é realizado em centro cirúrgico com duração aproximada de 1 hora.
Em adultos, uma situação que pode resultar na indicação da extração das amígdalas é quando o paciente é diagnosticado com amigdalite crônica caseosa. A situação faz com que o paciente tenha mau hálito ocasionado pelo acúmulo de alimentos decompostos nas amígdalas. Esses casos, entretanto, são considerados indicações relativas, pois, não implicam na saúdo do paciente, mas sim em um desconforto.
Pode ser indicado a remoção das amígdalas, ainda, a pacientes que apresentaram abscesso periamigdaliano. A condição se origina quando um quadro de amigdalite evolui para a formação de secreção purulenta (pus) na região próxima às amígdalas.
Independentemente de qual condição tem acometido o paciente, a indicação da remoção das amígdalas deve vir de um otorrinolaringologista, pois, trata-se de um procedimento cirúrgico que requer cuidados e atenção.